Cismas
O perfume continua no quarto
As flores já morreram
E sumiram da sala
Esse ar abafado não me engana
Não buscarei respostas
Nessa tarde
Pensar demais nunca me satisfez
Algumas vezes apenas falei
O que ela queria ouvir
Outras vezes eu preferi me omitir
Quando escureceu a sombra
Dela simplesmente sumiu
Nessa hora eu me senti mui autista
E o azul do céu deixou-me aflita
Com a brancura das nuvens
Perdi a linha e um pouco além
Parece-me que ela ouvia
Estranha cotovia
Acalmei-me nessa hora delicada
E por suposto apareceu-me
Uma miragem
Cismada fiquei há olhar figueiras
Enquanto ela sorriu faceira
Que ave traiçoeira
(Veja: http://lucynante.blogspot.com/2011/05/cismas.html)