LINGUAGEM , LÍNGUA E FALA

Neste primeiro semestre da nossa matéria de lingüística, nenhum nome ganhou mais relevo e citação do que o Suiço Ferdinand Sausurre .

Querendo ou não, seu nome e obra, vão se tornando indelével em nossa memória a medida que avançamos na matéria , e não é diferente quando nos aprofundamos no estruturalismo lingüístico.

Muitas obras de referência enfatizam que a Lingüística tem em Sausurre, um divisor de águas, pois antes dele, a lingüística estava como que descorada, sem vida , moribunda, e Saussurrer trouxe uma nova vida a lingüística, novas cores, novas luzes, como se trouxe-se novos cilindros de oxigênio, fornecendo ao estudo científico da língua, um novo fôlego vitalicío.

Não são por acaso esses holofotes, muito mais que ser um pré-cursor do assunto, um vanguardista , um ponta de lança da matéria, em vez de entender a língua simplesmente como um material fonético, Saussurre enfatiza que as línguas são instituições, trata-a com um outro olhar, tirando-a de lugares-comuns, encara-a como um valioso “tesouro”, comum aos membros de uma sociedade onde se permite a compreensão recíproca.

E é justamente nessas trocas incessantes e nesses entendimentos mútuos, que a língua garante a sua estabilidade. Respondendo assim uma pergunta da introdução da matéria.

Diz outra obra de referência que certa vez Sosir, numa palestra com seus alunos, parafraseando um escritor que admirava, admoestou: Ensinar a linguitíca é uma necessidade, torná-la compreensível é uma arte!

Assim, em vez de se orientar exclusivamente para o estudo histórico ou de centralizar a investigação numa longínqua e hipotética língua-mãe, Saussurre considera antes de tudo, a língua em sincronia, ou seja no seu uso efetivo !!

Ele salienta também que o estudo da linguagem não esta reservado só á lingüística, como acompanhamos em vídeos recentes com a professora, há um cuidado dispensado a língua , também com os fonoaudiólogos, sociólogos, os filósofos, os psicólogos , e assim por diante.

Agora, o que “ Sosir ” destaca : é que a língua deve constituir o objeto próprio do lingüista, isto é , o sistema considerado em si próprio e para si próprio. Essa língua é um sistema arbitrário, quer dizer, auto-suficiente, único, ímpar, com sua ordem própria , que só se explica, por si mesma.

Sausurre também separa muito bem e opõe, a língua a fala ( escrita ou oral), ou seja, ao conjunto virtualmente infinito dos enunciados, produzidos pelos indivíduos que pertencem a uma mesma comunidade lingüística.

Ele esclarece que: para descobrir a língua , o lingüista constrói o seu corpus com a fala, mas essa língua é lógicamente anterior a essa fala, uma vez que o sistema nesse caso a língua, precede ou antecede, os enunciados que torna possíveis.

Para ilustrar esse ponto, pense no seguinte: A Língua como o Criador, e a Fala como Criação, isto é, Não tem como considerar a Criação ( fala) e desconsiderar o Criador ( a língua), Sosir nos seus estudos, sublinha esse aspecto.

A língua como sistema de signos

Como já foi destacado pra nós, uma e muitas vezes, o sistema lingüístico, a língua é essencialmente um sistema de signos. O lingüísta não estuda o referente , isto é, os objetos exteriores á língua que os signos designam.

Sim mas o que isso quer dizer?

Que o sistema lingüístico é definido como uma entidade com duas faces indissociáveis:

Primeiro : O significante ( ou seja a percepção de um segmento sonoro)

Segundo : O significado ( ou seja um sentido para esse segmento sonoro )

Esse sistema é concedido por Saussurre como uma rede de diferenças entre signos.

Agora, pra falar um pouco mais sobre Saussurre,

sobretudo com as Unidades Distintivas e a Fonologia,

vamos passar a palavra a nossa colega...

Olá, Querido leitor, sensivel leitora , aproveito a oportunidade para convidá-los a fazerem uma visita

em meu blog : poesiasegirassois.blogspot.com

Sejam muito bem vindos.

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Davi Cartes Alves
Enviado por Davi Cartes Alves em 02/05/2008
Reeditado em 08/09/2010
Código do texto: T971230
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