O VÉRTICE AVELUDADO

Prólogo

Minha vida e a de muitas outras pessoas, homens, principalmente, embora alguns não admitam, é feita de momentos sazonais como o esplendor da primavera. – (Nota deste Autor).

MINHA DESCONHECIDA FORMA DE SER

Sou seriíssimo, inteligente, altruísta, sagaz, cortês, simpático, enigmático, às vezes, insano, atrevido, rude e lorpa a depender de quem queira fazer emergir do meu íntimo, em cada ocasião, minha desconhecida forma de ser.

Quero aproveitar a oportunidade para alterar o que outrora não fui instigado a fazer. Muito breve transformarei minha fria noite lúgubre e chuvosa em uma orgástica explosão de gozos desmedidos.

CONCLUSÃO

Eis o meu desejo, considerado por algumas pessoas, insano:

Em minha embriaguez orgástica, ouvindo “Now We Are Free”, interpretado por Lisa Gerrard, quero me perder no labirinto estreito, escuro, úmido e tortuoso, formado por dobras de pele aveludadas, para encontrar o tesouro em forma de vértice, aureolado por fios macios, tépidos e nigérrimos.