Teoria Literária #016: Como compor um EXTRATO DA CAPO GARIMPADO

Este estilo é uma evolução do EXTRATO INTERTRIX e integra os chamados VERSOS ESMERALDINOS, criados pelo Poeta BOSCO ESMERALDO, ou como é conhecido no meio literário, OD LAREMSE M. PETERSON.

A estrofação escolhida depende da definição do ritmo:

binário – estrofação em dísticos;

ternário – estrofação em ternos ou tercetos;

quaternário – estrofação em quadras;

cordelista – qualquer estrofação ao estilo de cordel;

sonetoide – utilizando-se a estrutura do soneto;

qualquer outro estilo, receberá a designação deste, aderindo o sufixo “oide”, ou seja, “na forma de”

Métrica é livre, podendo ser metrificado ou assimétrico (sem métrica), a gosto do poeta;

Rimas livres. Fica a gosto do poeta;

Mineração:

A primeiro estrofe torna-se a mina onde o poeta deve garimpar as seguintes;

As estrofes seguintes são garimpadas no estrofe principal, o cabeça (daí o termo da Capo), ou seja, a primeira, deve ser recheada de ideias (gemas, pérolas, figuras de linguagem) as quais devem ser exploradas pelo poeta, sendo o limite a sua imaginação.

Quanto à ética:

Nunca fazer uso de plágio, nem uso parte ou todo de obra alheia, sem a devida citação. Em caso de direitos autorais, deve-se obter autorização por escrito para não sofrer ações judiciais.

Não devem ser usado palavras que não tenham sido utilizadas na estrofe cabeça. Apenas os conectivos podem ser alterados, mas sempre que possível, utilizar-se desses que estejam contidos no cabeça. Uma permissão extra, ms que não se deve ser abusada é fazer pequenos ajustes nas palavras “da Capo”, desde que não se mude o seu radical, quer verbalizando, quer substantivando, quer reduzindo ou derivando a palavra da estrofe raiz.

Quanto às Normas da Nova Ortografia da Língua Portuguesa:

Devemos primar pela ortografia, ortoépia, termos polidos, sem expressões chulas, sem vícios de linguagem.

Se for necessário, é permitida a criação de neologismo que venha preencher uma real necessidade de ação que na prática exista, mas ainda não haja um termo que expresse com clareza o sentimo que deseje expressar;

Quanto ao estrangeirismo, procuremos antes se há correspondente no vernáculo, dando preferência a valorizar sua língua materna. Caso contrário, é preferível criar um termo novo que expresse a ideia ou, em último caso, aportuguesar o termo alienígena.

É permitido substantivar o verbo ou verbalizar substantivos, desde que não se abuse desse privilégio;

As frases ou locuções derivadas do terceto cabeça devem ter lógica e sentido. Lembremos que, sem clareza, não há Língua Portuguesa.

O escritor goza do privilégio de ser guardião de sua língua, podendo ainda eventualmente sugerir novos termos que serão referendados pelo uso popular ou não. O povo é que na verdade dará vida ou não ao novo termo sugerido. Por outro lado, o escritor descuidoso pode desvitalizar ou degradar sua própria língua, caso escreva sem o cuidado de mantê-la e aprimorá-la.

Esperamos que este humilde trabalho receba a atenção de todos e tenha uma boa recepção, aceitação e um bom uso.

Exemplos de Extrato da Capo Garimpado:

Extrato da Capo Garimpado #001: MINERANDO AO CRIADOR

Bosco Esmeraldo

[Ao ritmo ternário]

Não importa, se este for meu último adeus,

Sem revolta, se me volto ao Criador,

Se me entrego, se retorno e volto a Deus.

Não importa, se, em revolta, eu me entrego,

Se este for, se me volto, o meu retorno,

Meu último adeus, me volto ao Criador, de volta a Deus

Não importa, Se me volto, em volta a Deus,

Sem revolta, se este for o meu retorno

Se me entrego, em último adeus ao Criador

Extrato da Capo Garimpado #005: DE ESMERALDO VEM OD LAREMSE

Bosco Esmeraldo

(Em ritmo ternário)

Não me camuflo! Só me expresso través de mim mesmo.

Em novo nome, guardo o meu nome e sobrenome.

E assim, preservo e em anagrama, eu me revelo.

Não me camuflo, em novo nome, só me preservo.

Pois me revelo, través meu nome, em anagrama;

Meu sobrenome assim o guardo, se só me expresso.

Través de mim, só assim mesmo, não me camuflo;

Em anagrama, um novo nome, que é o mesmo nome.

Assim me guardo, e então preservo meu sobrenome.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 07/03/2012
Reeditado em 28/11/2012
Código do texto: T3539558
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