Moby Dick - Herman Melville

FACULDADE DON DOMÊNICO

ILTON JOSÉ DA SILVA 19588

NORTH AMERICAN LITERATURE

MOBY DICK

Esta obra mostra a história de um baleeiro, Pequod, cuja tripulação é levada ao limite devido à obsessão do capitão Ahab em capturar a baleia que o havia mutilado, ele tem por último e único objetivo, na vida, perseguir e matar a baleia.

A baleeira, Pequod, em Moby Dick, seria a metáfora da vida.

A brancura da baleia poderia ser interpretada como a tela em que os homens projetariam seus medos, seus fantasmas

Mostra também, de forma sutil, que havia um Forte e lucrativo comércio de baleias, pois o óleo servia, inclusive, para ser usado como combustível.

Análise literária da obra Moby Dick de Herman Melville

Em uma obra que foi considerada, a princípio, um fracasso de crítica e venda, ela chegou ao topo literário e tornou-se um sucesso mundial de vendas.

Melville fez deste livro uma grande aposta ao lançá-lo em 1851, aos 32 anos, no entanto foi duramente criticado em todos os aspectos de sua obra.

Diziam os críticos não haver coerência, sintaxe adequada, péssima retórica e chegavam a afirmar que se os leitores tivessem curiosidade de ler algo de péssima qualidade, eles “indicariam” o livro.

Da mesma forma com que sua obra imergiu, ela também emergiu, em meados da década de 20, no século XX.

Passando do ostracismo à fama.

Esta obra leva a inúmeras inferências acerca da sua criação.

Uma delas traça um paralelo entre Hitler e Ahab, pois este arrasta a tripulação do Pequod à destruição, assim como aquele quis levar a Alemanha a destruir os judeus e outros povos para poder dominar o mundo.

Esta obra suscita muitas interpretações. Há determinados críticos que creem ser uma alegoria da luta do homem contra a natureza, também há linhas de críticos que diziam ser o navio um microcosmo da América, visto que ela queria dominar a todos, inclusive as forças da natureza.

O navio seria um simulacro de ostentação e poder que tenderia a dominar o mundo.

A grandeza da obra Moby Dick faz suscitar inúmeras inferências.

Algumas dela:

Homossexualismo:

Diziam que Queequeg e Ishmael eram amantes, pois os dois dividiam uma cama em uma estalagem e Ishmael certo dia acordou com o braço de Queequeg sobre ele “carinhosamente”.

Política:

“Eu lutaria contra o Sol, se ele me insultasse”

Assim mostrando uma afirmação de domínio político contra a própria natureza.

Mas esta análise é amenizada quando nota-se que na Pequod havia muitas nacionalidades, mas os chefes eram todos americanos, nota-se aqui um forte domínio político da Nau.

Religião:

Traçam-se inúmeros paralelos religiosos nesta obra, como: Ahab com Acabe (o rei hebreu que permitiu a idolatria); Ishmael com Israel (o filho perdido de Abraão com uma escrava); e a história bíblica de Jonas que foi engolido por uma baleia.

Enfim uma belíssima obra que merece ser lida e decodificada com muito cuidado e distanciamento crítico para que se possa entender o desejo de Melville ao criar Moby Dick.

GUARUJÁ-SP

2011

Ilton J S
Enviado por Ilton J S em 20/11/2011
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