MÁGOA ...
MÁGOA, RESSENTIMENTO E VINGANÇA.
É muito comum ouvirmos alguém dizer: Ah! Eu perdoei fulano, mas não esqueço o que ele me fez! Nesse caso, perguntamos, será que houve mesmo o perdão? Houve um começo, um entendimento racional da necessidade de perdoar; mentalmente o indivíduo se dispôs a não alimentar rancor ou idéias de vingança. Ele está convencido de não odiar. Entretanto, no campo emocional, ainda ficaram impregnados os resquícios daqueles sentimentos de mágoas e descontentamentos.
O ressentimento é um monstro que os adultos fabricam com as suas mágoas e tentam transferir para os outros a degradação que tem dentro de si.
Toda mágoa é orgulho ferido; mas ninguém poderá magoar você sem o seu consentimento.
Não há nada que deprima mais o ser humano que o ressentimento. Guardar ressentimentos é nos deixar envolver pelas teias da cólera; é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.
A vingança é um dos últimos remanescentes dos costumes bárbaros que deve desaparecer dentre os homens. Vingar-se, como bem o sabeis, tão contrário àquela prescrição do Cristo: “Perdoai aos vossos inimigos”, é uma inspiração tão funesta quanto a falsidade e, funciona como bumerangue; quando volta, te acerta em cheio.
"Não levante a espada sobre a cabeça de quem te pediu perdão"
Melhor seguir os conselhos de Chico Buarque:
Deixe em paz meu coração;
Que ele é um pote até aqui de mágoa...