Soneto Transcendente
Absorvido pela a incógnita de amar
- eu estou; no antro exótico,
o puro desvio e inclinação do óbvio.
O êxtase de ser o que é - e estar.
Nas ruas insolúveis de olhos ao luar;
meu coração despedaçado pelo ópio...
Aí - encerro-me - não! Ilusão do ótico
fruto da beleza que escondia o olhar.
Abro-me ao vento que me corta
vacilo nas tonturas e na escuridão...
Vil dor, usurpa-me o ser - importa?
Tanto me cai na sarjeta, coração
e não me mostra qualquer porta
para transcender o ópio da solidão.