IMPUDICAMENTE...

Impudicamente, estoicamente nua

de sonhos...de esperança...

aceito, serena, a dor fria e crua...

Me sinto... nem mulher nem criança!

Como algo que no éter já flutua...

eu me aparto e nada me cansa.

Só espero e desejo que tudo reflua,.

assim fazendo, a mágoa não me alcança!

Enxoto penas, medos e inquietações.

Olvido meus desejos profundos e verdades,

cubro-me sob um manto de emoções!

Aninho-me, enrosco-me em irrealidades

e assim protegida de falsas tentações,

esqueço e desisto das minhas vontades!...

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 10/05/2008
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