Soneto da Vigésima
O porto que me tem em solidão
na margem dos anos que passei
- Ai, quimera... besta que lutei,
com o mesmo falho e morto coração...
Pois em versos da mesma ilusão
temo que, em vosso céu, não irei.
Não creio que o bastante eu rezei
para me arrebatar para a salvação...
Não, amor de verso tolo e vil,
sou parte do antro servil
da magnífica era dos pecados eternos
Pois talho minha imagem nua
e na mesma imensidão da rua
os mesmos caminhos são incertos...