Desilusão I

Quando te amei, meu querido...
Tinha sonhos infantis, doce menina!
Ingenuidade que trouxe o peito ferido
Cruel veneno que a alma assassina!

Sua experiência de homem maduro
Fez-me conhecer as amargas penas
Da desilusão, do fracasso prematuro
Seu vil amor de dores apenas!

E em suas asas pus-me a voar sofrendo...
Nas brumas manhãs das desventuras
Voo raso, descompassado e horrendo!

Meus sonhos, conheceram a clausura
E aos poucos, um a um foi morrendo...
O amor deu lugar a amargura...

Mara Andréa Machado
Enviado por Mara Andréa Machado em 20/04/2008
Reeditado em 22/04/2008
Código do texto: T953934