Os Inocentes
Ninguém vos conjurou esse segredo
Sois todos inocentes, todos puros
Que vos ama a esperança e teme o medo
E vos anseiam os lírios do futuro.
Sediciados pela ronda costumeira
Do prazer na ébria lucidez
O riso espesso de paixão e languidês
Qual do perfume a voz aventureira.
Adorais a infâmia, pescais sem consciência
Exibindo n’alva cutis da vivência
As “astutas” medalhas do cataclismo
Crianças inclinadas ao horror do abismo
Que brincais de crimes e fingis demência
Inocentes da imácula inocência