Poeta, poetinha, poetuda
Poeta, eu? Nada... sou vagaba
do tipo que gosta de anarquia,
um dia eu escrevi muita poesia
e, por ele, joguei tudo no nada.
Não tente dar rótulos a essa luta,
mas se insiste, se tanto precisa,
pode me chamar de doce puta
ou de meretriz, palavra concisa.
Mas poeta, meu caro, poeta não!
Só exalo suores, absinto e tesão,
da forma que aprendi em defesa,
a que não me doe mais por amor,
do jeito a que me proteja da dor:
sendo apenas vil, devassa e tesa.
Sampa, 16.04.2008
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