SINA DO POETA

Qual ave que bem cedo deixa o ninho,

Meu verso se desprende e, livre voa,

Na imensidão do espaço, ele ecoa,

Traçando, dos meus sonhos, o caminho.

Ao puro amor exalta, rende loas,

Posto que a vida é nada sem carinho...

Não quer meu coração viver sozinho

As fases que lhe cabem, más ou boas.

O ser poeta é natural, é sina,

Saga que sempre há de ser cumprida,

Inda que, n'alma, doa a solidão...

Cada poema canta a emoção

Do amor maior ou ilusão perdida,

Cada momento, muito nos ensina.

Muito bem poeta...

Agora me liberto de todas as algemas que me impedem de ser feliz! Feliz, feliz e feliz...

Porque tu poeta...

Tu me fizeste sentir...

Sentir o meu sentimento expresso em tuas palavras soltas...

Soltas como o vento...

Eu voei poeta...

Alcei um vôo bem alto!

Tão alto quanto a minha imaginação...

Quantas vezes, Quis eu voar poeta...

Mas minha imaginação...

Ah! Minha imaginação...

Ela me segurava neste chão...

Chão da razão!

Agora vôo como um poeta...

Porque tuas palavras me inspiram...

A escrever com o sentimento...

De um poeta!

(Mira Margarido)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 04/04/2008
Reeditado em 04/04/2008
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