"MADRUGANDO na FAZENDA”

As horas avançavam noite a dentro

Exibiam-se num relógio da parede

Pregado meia-altura, quase centro

Acima donde fincad'a minha rede

O vento pelas frestas tão faceiro

Cuspia em minha cara muito pó

Se ouvia, no silêncio, o cocoricó

Do galo despertando no terreiro

E a vaca ordenhada, como prenda

Cedia leite e queijo e pouca renda

O café torrando exala tanto cheiro

Invadindo todos cantos da fazenda

O refúgio onde escorro, pela fenda

Do tempo, se domado, o timoneiro...

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 28/03/2008
Código do texto: T920733
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