"MADRUGANDO na FAZENDA”
As horas avançavam noite a dentro
Exibiam-se num relógio da parede
Pregado meia-altura, quase centro
Acima donde fincad'a minha rede
O vento pelas frestas tão faceiro
Cuspia em minha cara muito pó
Se ouvia, no silêncio, o cocoricó
Do galo despertando no terreiro
E a vaca ordenhada, como prenda
Cedia leite e queijo e pouca renda
O café torrando exala tanto cheiro
Invadindo todos cantos da fazenda
O refúgio onde escorro, pela fenda
Do tempo, se domado, o timoneiro...