Natali

À NATALI

Natali, meu amor, Natali querida,

A primavera se foi e veio inverno

Provando que o sublime nunca é eterno

E que a vida nem sempre é colorida!

Está distante agora o beijo terno?

Não sentes tua boca dolorida?

Encontra-se tua alma denegrida

Por eu ter um terrível fogo interno?

Lembra-te então, que tu deves morrer!

O tempo apagará tua luxúria,

E a lascívia talvez se torne fúria

De algo, porém, não deves esquecer:

Tudo termina e morre, a vida é assim...

Apenas o Amor é intenso e sem fim.

ROMMEL WERNECK