ESTRADA DA SAUDADE

Fria, a corroer um coração sofrido,

A saudade estabelece sua morada,

Sem deixar, sequer, uma margem a mais nada,

Faz-se o peito sensível e combalido.

Como fora uma deserta e árida estrada,

Entre acidentes e percalços percorrida,

Em um triste caminhar se torna a vida,

Sem a preciosa presença da amada.

De encontrar-te, minha alma não vê a hora,

Quando, enfim, hei de ter o sonhado sossego,

Que dê um novo colorido aos meus dias,

Cumulando-me de incontáveis alegrias,

Na paz que me proporciona o aconchego

Que só tu, musa, podes dar-me, vida afora.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 11/03/2008
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