O PÁSSARO E O POETA
Se pudesse eu voar com os passarinhos,
Da inspiração, em busca, eu sairia,
Para compor a mais linda poesia,
E ganhar, de você, doces carinhos.
Rente a janela sua eu cantaria
Tão logo amanhecesse, pra saudá-la;
Até que então pudesse eu conquistá-la,
Tal qual sempre a conquisto, em fantasia.
Vens passarinho e contas-me o segredo,
Do teu encanto, quando cantas ledo,
Saudando o dia quando o sol desperta.
Pois no seu canto eu sei que bem existe,
A deslumbrância que ninguém resiste,
Nunca alcançado por nenhum poeta.
Sá de Freitas