TARDE DEMAIS! // TEMPO QUE INEXISTE (com Milla Pereira)
TARDE DEMAIS!
(Milla Pereira)
Tarde demais para reviver esse amor
Que um dia em nós brotou como semente.
Daquelas que se planta continuamente
E todo dia vê nascer u?a nova flor!
Tarde demais para pedires meu perdão
Pois as marcas daquele tempo ainda existem,
E em meu peito ferido elas persistem
Como navalhas que me cortam o coração!
Não fosse tarde, eu de ti iria atrás
E de teu colo eu faria o meu ninho,
Menosprezando desse amor, a ambigüidade...
Pois de teus beijos me corrói esta saudade,
Que me persegue, na falta de teus carinhos,
Porém, agora... já se faz tarde demais!
TEMPO QUE INEXISTE (Réplica)
(Mario Roberto Guimarães)
Tarde demais é tempo que inexiste,
Quando do amor, em nós, brota a semente,
Não se controla o que o coração sente,
Nem tem que ser a vida sempre triste.
Marcas do amor duram eternamente,
Trazem à tona um tempo que não viste,
Já que, ao pior que haja, ele resiste
E acalenta o sonho permanente
De termos tudo que nos é devido...
Se o sentimento é puro e verdadeiro,
Não há algoz que lhe impeça o curso,
Inda que ao longo de todo o percurso
A ele se oponha o mundo inteiro,
Pois, ao que a alma quer, não cabe olvido.