ESPERA

A minha alma pede a tua companhia,

O coração como que, se explodir, pudera,

Já não suporta o tormento da espera...

Noite após noite, vivo em melancolia.

Ah, musa, tu sabes o quanto eu quisera,

Escapando à solidão, dorida e fria,

Estar envolto em tua singular magia,

Vivendo o grande amor que dantes não tivera.

Dos meus dias inteiros, nem sequer metade,

Consigo utilizar de forma a ter proveito,

A poesia não tem sua forma serena,

Pois, sem ti, do teu poeta, calou-se a pena,

Ante a agonia que me toma todo o peito,

A conseqüência natural dessa saudade.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 04/03/2008
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