PRA MATAR A SAUDADE
Acalma-se no meu coração vagabundo
essa febre latejante que o consumia...
Retiro de mim, das entranhas, lá bem fundo...
Um pedaço de dor, que dentro, ainda ardia.
Costuro minh'alma, com a fé que me restou,
seco as minhas lágrimas, com o meu suor,
seguindo tonto o caminho, que a mim sobrou
no fio da navalha, onde o corte indé pior...
A tristeza me invade, mas eu não reclamo.
Agradeço o vivido, de olhos marejados
entregando-me ao poente, que eu esparramo...
Saudades sentirei por toda a minha vida...
quando tocar tão perto de mim, os meus fados,
que ouvirei a exaustão... Oh! minha querida...