DEUSA VENCIDA
Lílian Maial
Por teu amor renunciei a tudo,
desfiz-me em rimas de sonetos vãos.
Indivisível como o teu escudo,
só mesmo a brisa que me fez canção.
Teci mortalhas para um peito mudo,
que em noites frias de sofreguidão
eu desmanchava, rejeitando o luto,
como o ataúde de meu coração,
Em frente ao mar eu aguardei serena,
que as ondas tristes pela minha pena,
trouxessem vaga a me dizer tolices.
Daria meses, anos dessa vida,
se num murmúrio, mesmo distraída,
ouvisse enfim: -"Chegou o teu Ulisses".
Lílian Maial
07/06/02
Lílian Maial
Por teu amor renunciei a tudo,
desfiz-me em rimas de sonetos vãos.
Indivisível como o teu escudo,
só mesmo a brisa que me fez canção.
Teci mortalhas para um peito mudo,
que em noites frias de sofreguidão
eu desmanchava, rejeitando o luto,
como o ataúde de meu coração,
Em frente ao mar eu aguardei serena,
que as ondas tristes pela minha pena,
trouxessem vaga a me dizer tolices.
Daria meses, anos dessa vida,
se num murmúrio, mesmo distraída,
ouvisse enfim: -"Chegou o teu Ulisses".
Lílian Maial
07/06/02