Soneto de Perdão
Eu olho pela janela e não vejo nada
tudo que compreende a visão
nada além da escuridão
de vez em quando, visão embaçada.
Poeira em vestido de seda desbotada
É... até nisso beleza encontra imperfeição
antes isso do que o ataúde de solidão
um vil destino à minha vida cansada.
Na poesia que ninguém recita
morre à míngua a frase não dita
amor se foi para além da visão.
Pois tudo que morre é lembrança
um espírito que alimenta a esperança
de ter de volta um pouco de amor e perdão.