RIO DE AMOR

Meu anjo, como não ceder aos teus encantos,

Se o meu coração, ao soar da tua voz,

Lembra-me essa magia que há em nós,

Acentuando os teus atributos tantos?

E se, da saudade, a natureza atroz,

À minha alma aflita traz dores e prantos,

Têm, teus carinhos, o poder de acalantos,

Como fossem, de um rio de amor, a foz?

E dirige-se, ele, em águas serenas,

Ao mar revolto da paixão e do desejo,

A cada vez que eu te aninho nos meus braços...

De um sublime prazer, ele realça os traços,

Ao êxtase maior, propiciando ensejo,

Deixando, de ardor, as nossas almas plenas.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 11/02/2008
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