Roseiral
Naquele velho jardim esquecido no tempo,
no lugar nada mais existe, alem de mato.
E pedras que davam formato aos viveiros,
as rosas embalavam-se ao sabor do vento.
Exalava seu perfume para que beija-flores,
em revoadas viessem beijá-la ao amanhecer.
Hoje o tempo e o vento, fez daquele jardim,
um lugar ermo e triste, como o meu sofrer.
A poesia que existia ali hoje é só um conto,
alguns espinhos, ainda resistem ao tempo,
lembranças, do que um dia foi um roseiral.
Mas nem sempre a vida e um conto de fadas,
ou, como a poesia, onde um dia, eu escrevi,
minha dor, causada por um triste vendaval.
Balneário dos Prazeres: 29 / 01 / 2008