NO SILÊNCIO DO OLHAR

A noite fazia-se bela e promissora,

No reencontro que, as nossas almas, lavava,

A matar essa saudade que atormentava

Dois corações, impacientes co'a demora...

Em nossos corpos, eis que o desejo queimava,

Quando enlacei-te, minha musa encantadora;

Aos ditames do amor, até o vir d'aurora,

Cedemos, como se, de dois vulcões, a lava,

Expandindo-se, a tomar, da Terra, conta,

Com ela nos levasse em colossal viagem,

Que, a um mundo de prazer, nos conduzisse...

Em nós dois, foi o silêncio que tudo disse,

Porque, do amor, não existe melhor mensagem

Do que o olhar que, o nosso êxtase, aponta.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 27/01/2008
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