ALUZCINAÇÃO...
Pisei os ares do infecundo deserto.
Fiz dos dias coisas,passos incertos.
Preso,não me libertei...Estava acuado,
sentimento esvaziado,totalmente quebrado.
Senti o sangue ferver em minhas saltadas veias,
o gosto amargo e enfurecido das feras da noite,
querendo devorar-me a carne...Mas que carne?!
Olhei-me de cima a baixo,só brancos ossos!
Explorei os limites da alma e daquele lugar inóspito,
ninguém...Estava completamente só,desequilibrado.
Era o fundo,o nada,tormento apenas,abismo esquecido.
Rasguei o silêncio invisível do tempo,vazei os sentimentos
pela já desguardada porta do eu desmoronado.
E naquele dia eu soube:Estive morto sem saber.