LÁGRIMAS

As lágrimas que, no rosto, descem insistentes

São como um rio que, sem parar, corta o prado

Silencioso, forte, sem correnteza, mas constante

Carregando a dor como a um triste fardo

As marcas que vão, no rosto, deixando

São com o leito, de um rio, desguarnecido

Que a terra firme vai dia a dia sulcando

Deixando, atrás de si, um olhar entristecido.

Lágrimas, neste momento, sinônimo de dor

Que fazem o peito envergar entristecido

Querem retirar, do coração, a lembrança do amor

Lembrança das palavras que eram a felicidade

A alegria, o prazer que arrebatavam

Os olhos que agora de choram de saudade.

Rosinha Barroso

22/01/2008