EFÊMERA E TARDIA...

Para que viver de fantasia?

Minh’alma não é mais criança,

Não voa em vil esperança,

Tal qual outrora eu fazia.

Até aquela rua hoje é vazia,

Sem véu, sem rosto ou trança,

Sequer uma res lembrança...

Onde toda a luz no ido havia.

Se foi, feito efêmera e estranha,

Ruiu em mim e de minha entranha,

Sem ser mesmo a cura que tardia.

Mas algo etéreo me acompanha,

Que distraidamente me apanha,

Trocando velhas noites pelo dia.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 28/11/2024
Código do texto: T8207055
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