EFÊMERA E TARDIA...
Para que viver de fantasia?
Minh’alma não é mais criança,
Não voa em vil esperança,
Tal qual outrora eu fazia.
Até aquela rua hoje é vazia,
Sem véu, sem rosto ou trança,
Sequer uma res lembrança...
Onde toda a luz no ido havia.
Se foi, feito efêmera e estranha,
Ruiu em mim e de minha entranha,
Sem ser mesmo a cura que tardia.
Mas algo etéreo me acompanha,
Que distraidamente me apanha,
Trocando velhas noites pelo dia.