Soneto XIII - A minha Carolina
Se me afasto em silêncio aos olhares
Evitando, aos pávidos modos: ando
Delirante, e criança, e me apaixonando
Por minha Carolina e seus andares…
Sem mínima mesura me inebriando
Com essas tuas maneiras que díspares
Se vão revelando e nos meus pensares
Inteiramente se vão embrenhando.
Quanta vez ameaço e logo fraquejo?
“Ora! Que tens, poeta? Rompe o pudor!”
– Penso de mim para mim… Entrevejo,
No entanto, nos olhos dela, um clamor
Semelhante ao meu sincero desejo:
“Inaudito amor não me causes dor!”
16 de Novembro de 2024.