ROSA 499

No âmago da dor, a alma clama,

Busca na escuridão um som de vingança,

Misterioso destino que se inflama,

E em meio ao ódio, surge a esperança.

Coração aquecido, em brasa ardente,

Persegue a sombra, o passo inseguro,

Mas ao final, o amor se faz presente,

Transforma séculos de sofrimento puro.

Que senda seguir quando a raiva cega?

Cair na rede de um afeto eterno?

Ou sacrificar o ímpeto que se nega,

Por um carinho que ilumina o inverno?

Quando a vingança a paz já não entrega,

No amor, quem sabe, um novo ser moderno.