Alma confrangida

---Paródia do soneto da fidelidade de Vinícius de Moraes---

De tudo, ao meu amor serei atento

Cingia, de teu toque, do olhar, me encanto

Desditada mente que me combate tanto

Detença voz que me aperta o peito.

Quero vivê-lo em cada vão momento

Uma impetuosa fagulha, no entanto

Disfere com eloquência seu pranto

De nada aconteceu, pungindo com tormento.

E assim quanto mais tarde me procure

Atando-me, angústia de quem vive

Quem sabe se ao nó, sangue se derrama.

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Mas desperdicei aquela que me ama

Com perícia, não há quem ajude.

Kaio Henrique Ferreira de Oliveira
Enviado por Kaio Henrique Ferreira de Oliveira em 08/11/2024
Reeditado em 08/11/2024
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