Não é soneto
Quiçá o café te desperte
Se pá o pó te console
Talvez o bar te liberte
Do peso que te consome
Quiçá o café te levante
Talvez uma prosa te anime
Se pá uma sopa espante
O desânimo que te oprime
O dia passou depressa
A noite correu discreta
Disperso, nem notas
Talvez um café te renove
Que a fé, esta, só, não remove
A montanha sob tuas costas
(Ou o cansaço das tuas pernas)