Um retorno
Do sonho cibernético desperto
Enfim: e pelo páramo que em fora
Sidérico se expande, vai agora
A se desintegrar o sonho incerto.
O rosto de água lava-se coberto:
Uma lágrima espera, outra memora,
E é tempo de voltar: Ide, sonora
Nau dos ares, que é vindo o tempo certo.
No humo roxo, nas verdes e lodosas
Algas respira o vento, e as ondas vai
Soprando que no lago vão morosas...
E o céu — o mesmo céu — em água cai,
E as lembranças revejo tão gozosas,
E aos pés caio abraçado de meu pai.