ROSA 466

No ciclo cruel da violência antiga,

As vítimas se transformam em algozes,

Da infância roubada surge a fera amiga,

Que perpetua o mal com gestos atrozes.

A dor sofrida na inocência partida,

Se transforma em ferida que não sara,

E a vítima, na sombra da vida,

Se ergue como monstro que não para.

Assim, o ciclo de violência persiste,

Como uma maldição que se renova,

E as vítimas se tornam algozes tristes,

Em um labirinto de ódio que se prova.

Quebrar esse ciclo é um desafio constante,

Para quebrar as correntes do passado agonizante.