ROSA 460 OLHOS ENTRE AS BRUMAS
Eu não quero voltar ao passado
Nem viver chorando no presente.
Enquanto outros arreganham os dentes,
Há um lobo entre nós, deitado.
À espreita do mais fraco para ser devorado,
Entre brumas, o vil se esconde diligente.
Figura imperfeita de sonhos atrozes na mente;
Em grades, será trancado, mas nunca curado.
Tenho sete olhos para me guiar no mundo;
Posso viver e sentir com indiferença.
O senso de humanidade vem desde a Renascença.
Do amor e do ódio eu sou oriundo;
Me transformo e disformo na tua presença.
Eu sou complexo, raso e fundo.