TUDO TEM JEITO

Soneto, tens nos versos desventuras

Que dói n’alma, ao sentido imploras

Que tudo sente e que tudo ignoras

Deixando a prosa com duras agruras

Assim, obscura e extraviada as horas

Vão as rimas com infinitas amarguras

Num poetizar com tristonhas leituras

Ditas com lágrimas que dá dor choras

Das coisas mais avarentas, as preces

Falsificando o sentimento desafinado

Que escava, trava, intriga, aborreces

Ó inquietude de impiedoso inverno

Não faça de meu versejar saturado

Não há bem que dure e mal eterno.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

30/09/2024, 15’05” – Araguari, MG

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 30/09/2024
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