DIA DE CALOR

Eu trovarei um dia de muito calor

No cerrado tão árido e tenebroso

Num mormaço trincado, rigoroso

De aquecer o verso no tom maior

Cantarei do desânimo ao travor

Da tempera, num ritmo viscoso

Exalando o suspiro vertiginoso

Num compasso cheio de rumor

Um horizonte rubente, incendido

Acalorado, picante, bafo quente

Hão de estar no verso ressentido

Hei de cantar o fervor que se sente

Urente, cadenciando o suor fluido

Em um acorde de um dia ardente.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

20/09/2024, 17’35” – cerrado goiano

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/09/2024
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