Soneto de Beira Leito
Que eu tenha toda a força
Para não abandonar a beira deste leito
Leito/berço do qual fui forjado
Nas pelejas de minha pré-historia
Sou um frasco frágil
Entre os tubos todos ensaiamos
Mas na finaleira apoteose
Tu me chacoalha para que eu reste sóbrio
No ranger/rilhar das dentições
Surgem as pedras e os tropeços
Resta contar suavemente até dez, dez mil!
A inevitável e sua ceifa
Pode traçar sua medicina de pânico
Mas nos encontrará de fileiras cerradas!