REENCONTRO SUBLIME

(À minha primeira mestra Alba da Silva)

Pouco tempo atrás, num dos meus trajetos,

reencontrei minha mestra inicial,

jóia sempre presente em retrospetos

que fazia do meu rincão natal.

Eram quase sessenta anos completos,

passados desde que ela, maternal,

mostrou-me o A de meu nome e de uns objetos,

metendo-me no mundo cultural.

Há muito desejava tal momento.

Quando concreta a vi em frente a mim,

senti grande emoção. Senti-me bento.

Quem com ler e escrever nos deu o ser,

vale mais que qualquer lente no fim,

pois sem começo nada vai crescer.

(24-09-1998)

(Reprise)