Soneto 46: NUNCA MAIS

Eu a amei, recuso-me a dizer: Nevermore!

Escrevo E-cartas com súplicas e clamor,

Nessa solidão, minhas fúrias com primor,

Revejo fotos, tudo em mim é rememore.

És a ave que grita do busto: "Não demore?"

Nunca mais vou viver com medo, sem cor,

Que me negues o beijo que causa tremor,

Um jovem que toca o seio e se enamore.

Converso com a ave, ela espera que eu melhore,

E faça uma nova poesia, que só piore,

Teço linhas recheadas do mais puro fervor.

Dediquei palavras, com o mais puro amor,

Dos negros cumes, profundos céus, meu temor,

Nevermore, meu luto eterno, que apavore.

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 14/07/2024
Código do texto: T8106863
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