MÍSERO MOMENTO

Mísero momento meu, cheio de desalento

de um coração partido, emoção ressentida

rimas de ira, nostalgia e suspiroso lamento

- Como não sentir a está poética tão doída?

Padece a prosa e poeta todo o sofrimento

a flagelar o soneto numa agonia possuída

rude, sim, mas não simulando sentimento

é dor, é rasgar, uma sensação desmedida

Chora o versar, versa o choro, excessivo

é intenso, é amargo, farto de argumento

e que fica a perseguir, por qual o motivo

Vós, testemunheis, ó poema, o tão lento

pesar. Ah! quanto amei, e o quão é vivo

este mal, que apoquenta o pensamento.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

29 junho 2024, 20’11” – Araguari, MG

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 30/06/2024
Reeditado em 30/06/2024
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