OS PASSOS
São tão delgados,
Não se vistam fadigados,
Sempre emparelhados,
Invioláveis e alternados.
Danço a música dos passos,
Pois, sempre farei compassos,
Eles estão atentos e me ouvem,
Egocêntricos nos passos que me convém.
Aventuro-me neles nesta viagem,
Sempre nus neste chão tão virgem,
Para além do cenário que virou miragem.
São cônscios da distância,
E eu, contemplando os sons numa instância,
Vão para mim as minhas aventuras.
De Calvinofmatola@gmail.com
08/06/2024