Soneto a dois
A porta se fechou, abriu-se a via
mergulho a fundo, doces abismos
olho pra frente, sigo meus cismos
que são aceitos por minha agonia.
Tão peculiares, de todo dia,
eu com meus passos indo a esmo
o que fui ontem já não sou o mesmo
mas sigo ao consolo da poesia.
Fujo, sou mutante, eu vivo o agora
mesmo sem roteiro faço a viagem,
no verso eu encontro feliz ancoragem.
A vida é assim e a mudança constante
só não alterou condição de amante
que vive, que sonha e feliz te adora.
Josérobertopalacio/ Ana Gazzaneo
Valeu, querida. Bjs.