Canto de esperança

 

O sol há de nascer depois da noite vasta,

a iluminar o breu com raios de esperança,

a dissipar a dor, que nos maltrata e cansa,

tristeza e tudo o mais que a nossa paz vergasta.

 

O sol há de nascer da aurora em que se engasta,

a derramar em tudo a luz da temperança,

da força que há na fé, que o mal contrabalança

e que à descrença, enfim, coloca um fim, um basta.

 

O sol há de aquecer os corações descrentes

e transmudar, também, os sentimentos, mentes,

a cada amanhecer, na cíclica rotina.

 

E tudo passará – pois tudo sempre passa –

até o vinho bom se evola em fina taça

e a vida é um vir a ser que a luz solar germina.

 

Edir Pina de Barros

 

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 28/04/2024
Reeditado em 28/04/2024
Código do texto: T8051474
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