CAPITU E VELHAS MÁGOAS
CAPITU
Alta e forte, morena bela, que convence,
Olhos de ressaca, misteriosa força,
Suas mãos, curadas com amor, mostram a moça,
De uma classe social que a ela não pertence.
Seus olhos, como a vaga que se retira,
Misterioso e enérgico fluido,
Intrigam Bento, que se sente perdido,
Branca, com olhar de cigana traiçoeira.
Ela é Capitu, a bela e cativante,
Com sua beleza única e envolvente,
Que intriga e enfeitiça a todos os amantes.
Seus olhos de ressaca, sua força envolvente,
Transformam a moça morena e fascinante,
Em um enigma que o coração sente.
VELHAS MÁGOAS
Já sinto perdido o brilho do meu ser,
Sem teu amor, minha vida se desfaz,
Reino vazio, sem mais o teu olhar sagaz,
Na guerra da paixão, já não posso vencer.
Meu estandarte outrora a mais forte cor,
Agora desbotado entre os vassalos, sem tu,
Meu castelo cai em ruínas, minha Capitu,
No clamor do entendimento, dor.
Que loucura é renegar a sabedoria,
Em troca de um amor, que é pura ironia,
Nas memórias, só o trauma dessa agonia.
Perdoei tantas vezes, enquanto morria,
Agora, velhas mágoas se transformam em poesia,
Na senda do amor, eu perco a calma ousadia.