VIVER BURLADO
Na penumbra da tarde, as palmeiras bailam
livres, sob as luzes do entardecer sagrado,
estamos juntos, a brisa nos perfumam
e eu tenho vida, neste teu mundo encantado.
Sob a luz do teu sol, mundos desabrocham
o eu se liberta, floresce o coração alado,
a vastidão se ilumina, estrelas brilham,
contigo corro, brinco, num viver burlado.
Mas o horizonte vasto, tem sol, gargalhada,
tudo é graça, e sob o fulgor deste céu
descortino o esplendor, mas tua alma velada.
Neste sublime céu, teu rosto estar sob véu
pois me vendeste o céu, a vida, a emoção sagrada,
tu me negaste a alma, mas teu corpo foi meu.