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SEM SAÍDA!

 

Quando, às vezes, abate-me a tristeza,

A angústia que dentro em mim se esconde

E vem não sei por que, nem sei de onde

Contra tudo o que dita a natureza.

 

Desagrada-me esse sofrer inútil

Não me cabe ao pranto dar vazão,

Alimentando a dor no coração

Em busca de um sonho, talvez fútil!

 

Sem rumo, a direção de meus sentidos

Perde-se na avalanche da paixão

Que imaginei pra sempre estar perdida...

 

Mas vejo-me num poço, sem saída,

Tendo por companheira a solidão,

Que acompanha meus passos, desmedidos!