Confissões
Procuro-te, sem trégua, dia a dia,
Por entre os véus e mantos da saudade,
E uma tristeza imensa logo invade
O meu viver, carente de alegria.
Eu te esquecer? Jamais eu poderia,
Embora o padecer me desagrade...
Preferiria ter tranquilidade
E não sorver a seiva da agonia.
Contigo, sim, vivi o céu e o inferno...
Mas apesar de tudo, enfim, externo
O que guardei comigo vida afora.
Por ti eu sinto amor imorredouro,
Nas lavras da memória és meu tesouro,
Depois da noite fria a minha aurora.
Edir Pina de Barros
17 de novembro de 2.023