FELIZ SOZINHA
A borboleta bate as asas sobre a flor,
despreocupada e feliz com seu viver.
Porque não posso sorrir sem que o amor
em minha porta, sempre venha à bater?
Porque tenho que depender de paixões?
de carícias no corpo, em madrugadas à fora?
Por ventura não pulsam sós os corações
pela permanência da vida que aflora?!
Que eu me faça à mim mesma suficiência,
grata pelo dia de sol ou pela chuva na telha,
não por despeito, mas por sapiência!
E quando a panapaná revoar novamente,
me encontrará feliz, ainda que sozinha,
com o verso do poema que não mente!