ODE À CHUVA
Quando a chuva se ausenta do sertão,
Morre o gado de fome sem comida.
Falta sombra com água na bebida.
A barragem secou o seu porão.
Migram aves buscando solução,
Que o braseiro do sol assola a vida.
A lavoura pouquinha e ressequida
Serve apenas de adubo para o chão.
Mas bombando o trovão na madrugada
É o prenúncio da chuva programada
Que escutei o carão anunciando.
Chuva traz abundância em quantidade,
Vai embora a tristeza e que saudade
Da ramagem no chão se esparramando.
Academia Brasileira de Sonetista
Troya D'Souza, Cadeira 30 Patrono, Plácido Amaral.